COFEM avalia desafios empresariais nas áreas de tributos e infraestrutura
Preocupação constante do empresariado catarinense, os desdobramentos da Reforma Tributária foram pauta da reunião do Conselho das Federações Empresariais de Santa Catarina (COFEM) na manhã desta segunda-feira (5/2). O presidente da Facisc, Elson Otto, participou da reunião e alertou sobre a atual situação da aduana de Dionísio Cerqueira. “Nossos associados trouxeram a informação na última semana que a situação é preocupante na região. São caminhões parados e atrasos na fronteira”, explica.
As longas filas de caminhões esperando pelo despacho aduaneiro no porto seco de Dionísio Cerqueira também foram avaliadas na reunião. O conselho das entidades fará uma manifestação formal ao Ministério da Agricultura e Receita Federal para que aumentem o efetivo no posto de atendimento da cidade do extremo oeste para agilizar o processo aduaneiro no local.
O presidente Elson também levou ao conhecimento dos integrantes do Cofem sobre as ações de regularização dos procedimentos de importação necessárias nos portos. A preocupação se justifica a medida que esse atraso implica no aumento imediato do custo da importação dos insumos, ocasionando repase às etapas seguintes da cadeia de serviços, comércio e indústria. “Todos os setores da economia serão impactados com esse atraso nas importações. A cada semana a situação se agrava. Se este cenário continuar, a eficiência e produtividade de Santa Catarina ficará prejudicada por este panorama cada vez mais periclitante”.
Os representantes das federações voltaram a discutir os impactos da regulamentação da reforma nos diversos segmentos e também eventuais perdas de receita do Estado.
Na avaliação dos membros do COFEM, a regulamentação pode alterar completamente o objetivo da Reforma Tributária e é preciso ficar atento às propostas e reagir em defesa dos interesses do empresariado e da sociedade catarinense.
Atento também aos desdobramentos políticos em torno da Medida Provisória editada pelo Governo Federal que revisa a desoneração da folha de pagamento das empresas, o COFEM também debateu alternativas para buscar, junto com a bancada catarinense no Congresso, a manutenção da medida aprovada pelo Legislativo e que estende os incentivos até 2027.
Assunto recorrente na pauta do COFEM, a infraestrutura segue como prioridade. As entidades debateram os efeitos negativos das condições atuais das rodovias, em especial as federais, para a economia do Estado. Os membros do conselho destacaram a situação das filas e engarrafamentos da BR 101 e lembraram que o estado acaba perdendo atratividade no turismo, com impactos significativos no comércio e nos serviços.
O COFEM é composto pelas Federações das Indústrias (FIESC), do Comércio (FECOMÉRCIO), da Agricultura (FAESC), dos Transportes (FETRANCESC), das Associações Empresariais (FACISC), das Câmaras de Dirigentes Lojistas (FCDL), das Micro e Pequenas Empresas (FAMPESC), além do Sebrae-SC.
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